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Apresentação:
A actual cultura ocidental, pós-segunda revolução industrial organiza-se em rizoma informacional que se exterioriza numa medialógica afirmação totalizante da imagem.

Afirma-nos: a imagem da imagem.

Esta, recria-se na contínua actualização das estratégias da representação simbólica do social, agora exaltado pelo efémero e pela desertificação das vivências do emocional que não e convertam em consumo incessante das promoções e dos saldos.
Afirma-nos: que se descobriu o urbano e as suas vivências em colmeia nas megapólis.

Encontramos, isso sim, pré virtualizações dos “seres” numa incessante alfabetização de segundo grau imagética, que nos condiciona e nos enquadra na centrífugadora da novidade do Produto e na Emoção exaltante e mistificadora das narcísicas libertações.
Assim, a pele e o corpo urbanístico onde habitamos, é re-vestido enquanto matriz de presentificação por publicitários, outdoors e displays electrónicos que exaltam o Real do Real, baseado no acelerado desgaste das matérias primas e na implosão climática.

Porto, Maio de 2004
Silvestre Pestana